quinta-feira, 11 de junho de 2015

Pesquisando a realidade Brasileira

 Publicado em março de 2010





Publicado em Agosto de 2011







 Comentário após análise de algumas reportagens referente às metas do PNE:


O novo Plano Nacional de Educação (PNE) pode, em dez anos, universalizar a Educação Básica para crianças e jovens de 4 a 17 anos e alfabetizar todas as crianças até os 8 anos de idade. Porém se o plano não sair do papel, vai se somar aos inúmeros projetos que enfeitam prateleiras com sonhos nunca concretizados. A nova edição do PNE parece ter ganho com os erros do passado, já que se encontra mais sucinto, contendo 20 metas (no anterior havia 295 metas), o que pode facilitar a sua execução e também fiscalização. Tal fato também permite com que ele seja discutido nas escolas, aumentando as chances de seus objetivos serem, de fato, compreendidos e também alcançados. Uma análise detalhada mostra que muitas  metas são bastante ambiciosas e que os desafios para cumpri-las serão enormes, mas devemos entender que essas metas são importantes para o país e analisamos quanto precisaremos avançar para, por exemplo, universalizar a educação pré-escolar e o Ensino Médio. Ou para alfabetizar todas as crianças até os oito anos de idade, expandir as escolas em tempo integral e melhorar o nível de aprendizado dos alunos.
Analisando a primeira meta do plano, que se refere à universalização do atendimento de crianças de 4 e 5 anos em escolas de educação infantil: pensamos então, teremos condições, de fato, de colocar todas as crianças brasileiras dessa faixa etária em escolas até 2016? Considerando que já estamos no ano de 2015.
Percebemos que foi, e está sendo um grande desafio quantitativo (podemos reconhecer que houve realmente o aumento da quantidade de construção de creches e CEMEIS nos últimos anos) mas há a  necessidade de definir um padrão nacional de qualidade, que torne o atendimento a todas as crianças brasileiras mais igualitário e equilibrado. Os dados disponíveis sobre a qualidade das nossas escolas de educação infantil mostram que temos ainda um longo caminho a percorrer. Quer dizer, não basta construir escolas infantis se não existirem recursos para mantê-las, nem um padrão de qualidade nacional definido que chegue a todos os municípios e todas as crianças do país.
A meta 2 - Universalizar o Ensino Fundamental de 9 anos para toda a população de 6 a 14 anos e garantir que pelo menos 95% dos alunos concluam essa etapa na idade recomendada, até o último ano de vigência deste PNE. Diante disso devemos observar a realidade, em que pouco mais da metade dos alunos no ensino fundamental concluem a escola até os 16 anos. Devemos perguntar: e o restante dos alunos, o que acontece? O que ocasiona a não permanência das crianças e dos jovens na escola? Para que essa meta de fato seja alcançada, essas perguntas devem ser respondidas. Será necessária a articulação entre as diferentes áreas educacionais, o currículo deve ter uma base comum, deve haver grupos de apoio aos alunos com dificuldades ao longo do ano escolar e não somente nos períodos de recuperação de notas, investir na formação continuada dos professores em contexto de trabalho para que mudem a relação dos alunos com o conhecimento, essas são algumas  medidas que podem trazer diferenças nos resultados desta meta.
Queremos que o PNE, não seja apenas uma declaração de intenções com poucas implicações práticas nas políticas implantadas – como é nossa tradição em planos educacionais.
Mais uma vez lembrando que já estamos no ano de 2015, e falta pouco tempo para as metas serem cumpridas.

Referências:

http://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/conheca+a+avaliacao+das+20+metas+do+plano+nacional+da+educacao/n1237877255719.html
Acesso em: 01/06/15

http://revistaescola.abril.com.br/politicas-publicas/novo-pne-muitas-emendas-podem-piorar-soneto-639756.shtml?page=0  Acesso em 01/06/15

http://revistaescola.abril.com.br/politicas-publicas/legislacao/pne-plano-nacional-de-educacao-537431.shtml Acesso em 01/06/15

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